14.novembro.2023
Cidades
O sucesso do etanol de milho na agricultura brasileira
O etanol de milho está ganhando destaque na agricultura brasileira, crescendo surpreendentes 800% nos últimos cinco anos (2017-2022).
Espera-se que até o final de 2023, ele represente cerca de 20% do total de etanol nos postos de combustível, com uma oferta de 6 bilhões de litros, um aumento de 37% em relação a 2022.
Em 2007, quando o ex-presidente dos EUA, George W. Bush, visitou o Brasil para discutir biocombustíveis, poucos previam o sucesso do etanol de milho americano.
No entanto, os EUA lançaram um programa bem-sucedido que ultrapassou a produção brasileira de etanol. Isso se deve, em parte, à maior eficiência da fermentação do milho, que produz 400 litros de etanol por tonelada, em comparação aos 90 litros da cana-de-açúcar.
A explosão da produção de milho no Brasil, principalmente na região Centro-Oeste, foi um dos fatores-chave desse sucesso. A produtividade média das lavouras de milho agora rivaliza com a dos EUA, atingindo cerca de 10 toneladas por hectare.
Essa expansão levou à criação de grandes destilarias de etanol de milho em várias regiões do Brasil, incluindo o Centro-Oeste. Atualmente, existem 18 unidades em operação, com planos de expansão contínua.
Prevê-se que 11% da safra de milho desta temporada, cerca de 14 milhões de toneladas, seja usada para produzir etanol de milho. Além do etanol, o processo gera um subproduto valioso, o farelo de milho, amplamente utilizado na alimentação animal, aumentando a rentabilidade.
Essa ascensão do etanol de milho é um exemplo notável da adaptação bem-sucedida da agricultura brasileira e seu papel na produção de biocombustíveis. Demonstra a resiliência e o potencial contínuo desse setor em direção a um futuro mais sustentável.
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